sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

NOTAS JORNALÍSTICAS - Ubiratan e Nirez


UBIRATAN 
TOMA POSSE
NA ACL 

Na noite de ontem (16.02), no auditório maior do Palácio da Luz, o poeta Ubiratan Aguiar tomou posse na Presidência da Academia Cearense de Letras (ACL) para o triênio 2017-2019, sucedendo ao escritor e bibliófilo José Augusto Bezerra.

Aliás, superar a magnífica gestão de Augusto Bezerra será um severo desafio para Ubiratan Aguiar, que foi político e hoje é advogado, foi Ministro do Tribunal de Contas da União, de que esteve à frente, e detém o título de seu Presidente-Emérito.

A solenidade foi muito concorrida, com a presença de todo colégio acadêmico da ACL, integrantes de outras instituições literárias, um grande número de convidados e várias autoridades, dentre elas o Prefeito Roberto Cláudio.

O ponto alto do evento foi o comovido discurso de despedida do Presidente Augusto Bezerra, seguido pelo pronunciamento de posse do Presidente que assumia, ambos aplaudidos de forma intensa e demorada.

Representaram a ACLJ na solenidade o seu Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues, o Presidente Reginaldo Vasconcelos, o Secretário-Geral Vicente Alencar, que atuou como Mestre de Cerimônia, o Membro Titular Fundador Arnaldo Santos, além do Membro Benemérito Descartes Gadelha e do Membro Honorário Amaro Pena.

Na imagem, as duas Primeiras-Damas, Bernadeth Bezerra e Teresita Aguiar, elegantes e felizes.    







EXPOSIÇÃO 
ACERVO NIREZ 

O colecionador e antigófilo Nirez, 83 anos, pesquisador e memoriólogo, radialista e musicófilo, obriga-nos a elaborar neologismos para definir, com exatidão e propriedade, o que ele é, e o que ele faz. Aliás ela faz grandes proezas. Aos 80 ele saltou de paraquedas sobre a cidade em que nasceu, que ama, e cujo passado ele registra.

Membro emérito da ACLJ, ex-diretor do Museu da Imagem e do Som do Ceará, Miguel Ângelo de Azevedo é filho de Otacílio de Azevedo – poeta, desenhista e pintor, imortal da Academia Cearense de Letras  e da poetiza Tereza de Azevedo, que também são pais de outro acadêmico renomado, Sânzio de Azevedo, e do astrônomo Rubens de Azevedo, falecido em 2008.

Miguel Ângelo adquiriu o cognome com o qual se tornou célebre – Nirez – pela corruptela infantil que seus irmãos pequenos faziam da palavra “inglês”, o apelido original que seu próprio pai lhe atribuíra, encontrando nele alguma característica que lembrava os tantos britânicos ilustres que naquele tempo residiam na cidade. 

Nirez está expondo uma mostra do seu precioso e imenso acervo, com fotografias antigas de Fortaleza magnificamente conservadas, rótulos de produtos antigos e aparelhos eletrônicos arcaicos, como máquinas fotográficas, aparelhos de rádio e engenhos fonográficos.

O acervo Nirez é o paraíso dos saudosistas cearenses, porque conserva documentos e imagens da nossa capital desde o princípio do Século XX, passando pelos anos 30 e 50, o que possibilita que se conheça a evolução da cidade em seu aspecto físico, ante o descaso histórico dos dirigentes municipais com o nosso patrimônio arquitetônico. 

A Exposição Arquivo Nirez, no prédio histórico da Alfândega, na Praia de Iracema, atualmente Caixa Cultural de Fortaleza, foi aberta ontem (16.02) e ficará aberta à visitação até o dia 16 de abril, de terça a sábado, das 10 às 20 horas, e, aos domingos, das 12 às 19 horas, com entrada gratuita. Vale muito a pena conferir.

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