quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (06.12.2021)

 REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
   (06.12.2021)




PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de uma hora e meia, 10 acadêmicos e um convidado especial:  o Advogado Betoven Rodrigues de Oliveira.  

Também  o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Bacharel em Direito e Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel (Maricá - RJ) e o Procurador Federal Edmar Ribeiro.

Presentes ainda o Marchand e Publicitário Sávio Queiroz Costa, o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos, e o Médico, Professor, Filósofo e Latinista Pedro Bezerra de Araújo e o Empresário e Bibliófilo José Augusto Bezerra.

Compareceram também o Jornalista Wilson Ibiapina (Brasília), o Professor e Físico Wagner Coelho (Rio de Janeiro), e o Agente de Comércio Exterior Dennis Clark (Maringá - PR). 




TEMA DE ABERTURA

Na abertura da reunião desta segunda-feira, obviamente, o tema foi a Assembleia Geral de Fim de Ano do ACLJ, ocorrida na última sexta-feira, dia 03 de dezembro, que o melhor da festa são os comentários posteriores.

PERFORMANCES CULTURAIS

1. Pedro Araújo, nas letras, Pierre Nadie, disse um poema seu que trata do vigor da maturidade prazerosa, intitulado "Espírito Virente", que abaixo reproduzimos,  notando que enquanto o físico perde estâmina muscular, a mente se enriquece de sabedoria e paciência, e a alma se fortifica, na serenidade e no amor autêntico. 




Esse poema de Pierre Nadie diverge filosoficamente dos célebres versos do Padre Antônio Thomaz no poema "Contraste". Não obstante belo, entretanto é pessimista em relação à velhice, certamente pela visão de um sacerdote, que tem limitações ao amor romântico. 

"Quando partimos no verdor do anos / da vida pela estrada florescente, / as esperanças vão conosco à frente, / e vão ficando atrás os desenganos".

(...............................................................)   

Eis que chega a velhice, de repente / desfazendo ilusões, / matando enganos. /Então, nós enxergamos claramente / como a existência é rápida e falaz, / e vemos que sucede exatamente, / o contrário dos tempos de rapaz: / os desenganos vão conosco à frente / e as esperanças vão ficando atrás. 



2. Após a performance poética do Pedro Araújo, Edmar Ribeiro trouxe o tema do  pássaro Uirapuru, que tem um halo místico nas lendas da Amazônia, pela  beleza de seu canto e pela raridade de sua aparição. 

Além de trazer sortilégios a quem tem a oportunidade de escutá-lo, diz-se que todos os demais seres da floresta silenciam quanto canta o Uirapuru. 

Uma canção que fez sucesso no início da década de 60, intitulada "Uirapuru", gravada pelo conjunto musical "Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano", registra essa crença: 

"A mata inteira, fica muda ao teu cantar, / Tudo se cala, para ouvir tua canção, / Que vai ao céu, numa sentida melodia, / Vai a deus, em forma triste de oração".


E essa lenda tem uma valiosíssima confirmação testemunhal  por Edmar Ribeiro, que é acreano e foi menino da Amazônia. 

Contou ele que certa vez vagava pelo aceiro da mata em um jumento, quando percebeu que um pequeno pássaro pousou adiante, começou a trinar com sua voz maviosa, e então cessou todo o tumulto sonoro produzido na floresta.



Talvez esse fato tenha sido o prenúncio de que, muitos anos depois, Edmar Ribeiro seria guindado à imortalidade literária, empossado na Cadeira nº 4 da ACLJ, patroneada por Clóvis Beviláqua, em noite memorável. Será? Quem sabe?!

Edmar leu ainda um poema de Maria Eugênia Celso, de uma revista intitulada "Anuário das Senhoras", editada em 1947. 

Maria Eugenia Celso Carneiro de Mendonça (1886-1963) era uma poetisa natural de São João del Rei, Minas Gerais. Era filha do conde Afonso Celso, e neta do Visconde de Ouro Preto.   





3. Por fim, como de hábito, José Augusto Bezerra trouxe uma das relíquias de sua imensa coleção de raridades, desta vez a medalha de ouro que pertenceu ao Marechal Jerônimo Rodrigues de Morais Jardim, recebida por bravura militar, ele que foi o último presidente monarquista da Província do Ceará, herói da Guerra do Paraguai.  



DEDICATÓRIA 



A reunião virtual da ACLJ realizada nesta segunda-feira, 06 de dezembro, foi dedicada  ao jornalista Francisco José de Brito, cearense do Crato (1944), que acaba de sair da Rede Globo de Televisão após 40 anos de trabalho, empresa de comunicação em que Francisco José realizou mais de duas mil reportagens, em cinco Continentes.


O fato suscitou a edição de um livro, intitulado "40 anos no ar", em que ele conta sua longa trajetória na imprensa brasileira. Chico José fez carreira jornalística em Recife, e compunha uma tríade de jornalistas cearenses na Rede Globo, com Luiz Edgar de Andrade, sediado no Rio de Janeiro, e o nosso confrade Wilson Ibiapina, este em Brasília.



 

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