Quanta Honra!
Ana Paula de Medeiros Ribeiro*
Quintilhas
Acrostiquenas...
[Vianney
Mesquita]
A na
Paula de Medeiros Ribeiro,
N ossa
autora de crase genial,
A
ltiva mestra, referencial,
P
edagoga alçada ao mundo inteiro:
A
professora inferencial.
U ma
poetisa em plaino sendeiro,
L
iterata excedente, especial,
A lma
inspirada exponencial,
D e
estrofe branca, límpido luzeiro,
E
verso rimado excepcional!
M
odelar do metro brasileiro,
E m
inspiração celestial:
D a
prosa e poesia é o luminal,
E stro
alumiado, não lindeiro,
I
nspiração multifatorial.
R
ealeza do gênio verdadeiro,
Ode ao
entendimento supernal,
S
ucedes de Giselda – matricial
R
ibeiro, de onde escorre o herdeiro
I
nsuperável sulco sensorial.
B
eletrista, fiel desfiladeiro
E
xtremoso, de peça memorial,
I
minência da estese, a credencial,
R
epositório das letras, celeiro
O
quartzo fulgente do cristal.
Não
sei como definir o sentimento que vivi ao ver essa importante homenagem que me
fez o Mestre Vianney Mesquita, em seu livro Estâncias Decassilábicas Lusitanas
– Medidas em Arte Maior [Palmácia: Arcádia Nova Palmaciana, 2024, p. 188-9).
É o sua vigésima quarta obra, recém-saída do forno, cheirosa, apetitosa e intelectualmente saborosa!
O que o Escritor palmaciano nos oferece nesta interessantíssima produção está expresso em bens poéticos de composição difícil, pois os versos são sempre constituídos de dez sílabas (ictos) poéticas e com rimas harmônicas que se preservam no mesmo formato à extensão do poema.
Luís Vaz de Camões escreveu seu clássico Os Lusíadas recorrendo a este difícil arranjo poético.
Na poesia que Vianney compôs para mim – Quintilhas Acrostiquenas – Quintetos para Ana Paula – ele inicia com um verso que é o meu nome completo, que, curiosamente, contém dez ictos e rimas do tipo ABBAB, ou seja, o primeiro consoa com o quarto e o segundo com o terceiro e o quinto. As estrofes são formadas com cinco versos.
E ainda tem algo interessante: o poema é um acróstico, um tipo de composição elaborada com as letras iniciais do nome do homenageado.
Então, nesta deliciosa brincadeira, Vianney Mesquita vai caminhando nas linhas do papel como um menino afoito atrás do vento! Escolhe palavras interessantes, surpreendentes e cheias de significado e as coloca simetricamente nos versos, concedendo-lhes vida e personalidade!
No Livro Sagrado (Gênesis, 2-7), registra-se que o Senhor Deus soprou a vida e fez o Homem. Por sua vez, o Poeta usou tinta e papel e impôs vida às palavras, que pulsam pujantes nesta rica obra de literatura...
*Ana Paula Medeiros Ribeiro
Professora-titular
da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará – FACED. Da Academia
Cearense da Língua Portuguesa.
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