terça-feira, 11 de novembro de 2025

ARTIGO - Pretenso Verdadeiro (AH)

 PRETENSO
VERDADEIRO
Assis Holanda*

 

 

A mentira é veloz, porém a verdade não tarda em alcançá-la (brocardo italiano: La bugie viaggiano veloci, ma la verità é veloce a raggiungerci). 

 


Quantas vezes nos expressamos como entendidos em determinados assuntos! 

Com vistas a opinar a respeito de qualquer tema, impõe-se que conheçamos, no íntimo, a matéria. Com frequência, entretanto, nos posicionamos acerca de certos conceitos, levados pela emoção e, não raro, por via da irresponsabilidade. 

A fim de que, porém, não expressemos asneiras, ou até disparates, é necessário pesquisar fatos, impende que nos debrucemos sobre provas concretas. 

Escutamos ou lemos falares e escritos vinculados à liberdade de expressão. Tal não significa, porém, que o locutor fale ou escriture tudo atinente a alguém, ao ponto de ferir o caráter da pessoa então sob comentário, sem oferecer provas. 

Isso, pois, é dizer bobices e proceder a inculpações, uma vez que o acusador se encontra movido por emoção e raiva, chegando a contraditar a verdade. Nas rodas de conversa, se alguém é cético e não comprova seus argumentos, inclui-se no rol daqueles que proferem ingenuidades desconexas, exprimem besteiras. 

Fonte: Wikipedia.

Segundo o filósofo estadunidense Harry Gordon Frankfurt (Langhorne-CA, 29.05.1929; Santa Mônica – Pens., 16.07.2023), professor emérito da Universidade de Princeton, “O mentiroso rejeita a autoridade da verdade”. De tal modo, é conhecida a verdade, indo-se, então, à demanda de razões comprobatórias do que se afirma. Por exemplo, alguém descrente em relação à existência de Deus – e que procura arrazoamento com o intento de comprovar seu ponto de vista – opõe-se à exatidão, denega a veracidade. 

Quando, por conseguinte, uma pessoa se dispõe a exprimir algo de que não tem conhecimento, sem hesitação, o ouvinte-leitor-consulente tem a certeza de que o dono do discurso está mentindo... 

E vem o pior: se o leitor é desprovido de boa leitura e interpretação correta das informações, é transportado a acreditar nas bobices e falsidades e debitar ao acusado todos os defeitos e inverdades aludidos pelo mentiroso. Enorme pecado!


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