terça-feira, 26 de julho de 2022

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (25.07.2022)

 REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
   (25.07.2022)





PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de uma hora e meia, oito acadêmicos e um convidado especial.  O Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Especialista em Câmbio e Comércio Exterior Stenio Pimentel (Rio de Janeiro-RJ), o Agente Comercial de Exportação Dennis Clark (Maringá - PR), o Marchant e Publicitário Sávio Queiroz Costa, o Advogado Sionista Adriano Vasconcelos, o Médico, Teólogo e Latinista Pedro Bezerra de Araújo, o Procurador da UFC Edmar Ribeiro, o Jornalista Wilson Ibiapina (Brasília-DF) e o advogado Betoven Oliveira – que participa com sacrifício postural porque convalesce de fratura na perna e ainda não se pode sentar. 
 

TEMAS ABORDADOS

Na reunião virtual da ACLJ desta segunda-feira os participantes se detiveram longamente sobre a delicada situação política do País neste momento atual, em que um presidente de popularidade incontestável, eleito democraticamente por maioria de votos, que pleiteia a reeleição com apoio de grande parcela da cidadania brasileira, de evangélicos e católicos, assim como de militares em geral – enfrenta grande oposição do Supremo Tribunal Federal, da grande imprensa profissional, de artistas do mainstream nacional e estrangeiro, de patrocinadores internacionais da  chamada "nova ordem mundial" – além de perseguição cerrada de toda a esquerda brasileira. 

Essa acirrada disputa eleitoral que se avizinha e já se ensaia ultrapassa a seara meramente política porque cada um dos concorrentes principais que polarizam o pleito ameaça promover a prisão do oponente, em sendo eleito – movendo contra ele ação penal – tendo ou não justa causa para tanto.
   

A preocupação é com o risco iminente de ruptura institucional absoluta – posto que a desarmonia entre os Poderes da República já se evidencia muito grave, e o povo está dividido em parcelas antagônicas, o que pode conduzir a um levante popular e a uma intervenção militar constitucional por ocasião das eleições, expondo a Nação novamente a um governo de exceção, com suas dantescas consequências.

Na sequência, mudando a fisionomia circunspecta da conversa, que se evita no sempre risonho mosaico iconográfico, Wilson Ibiapina anunciou o lançamento do livro "História de 50 Mil Mulheres", do médico cearense Mariano Freitas, previsto para 10 de agosto, no Ideal Clube. 

Na obra o autor trata dos muitos casos clínicos  curiosos que ele vivenciou em sua longa experiência de esculápio, atendendo a sua clientela feminina. Mariano é natural da cidade de Tauá (a rainha dos Inhamuns), é ginecologista e obstetra, com mais de 50 anos de atividade médica.       

Ibiapina, em seguida, propôs o nome da advogada Manoela Queiroz Bacelar para uma das cadeiras vagas da quadraginta numerati da ACLJ, no que foi apoiado pelo Sávio Costa, primo segundo da Manoela, que ratificou o seu valor intelectual e a sua lhanesa pessoal, requisitos necessários aos titulares acadêmicos.

Por fim, Sávio trouxe à baila o lamentável episódio de vilipêndio à nossa Bandeira Nacional, durante um show nos EUA, cometido por uma subcelebridade norte-americana, de ascendência Brasileira, citando o lapidar comentário do jornalista Alexandre Garcia a respeito desse ato criminoso, que revoltou a parcela ideologicamente hígida do povo brasileiro.

"Quem pisoteia a Bandeira do Brasil, como fez uma cantora brasileira nos Estados Unidos, pisoteia todos nós, nossos pais e avós, nossos filhos e netos. Porque a Bandeira somos nós. É o nosso retrato coletivo".

Nessa frase o ilustre jornalista Alexandre Garcia fala  por toda a nacionalidade, incluindo, obviamente, a nossa Academia, o que nos leva a homenageá-lo aqui com a montagem fotográfica de sua própria imagem vergando a pelerine da ACLJ, realizada há algum tempo, com a sua anuência posterior. 

Em tempo, e a propósito, Wilson Ibiapina apresentou essa crônica magnífica, que abaixo reproduzimos.

 

COM A BANDEIRA
nos dentes

O Ceará é o berço de alguns heróis. Eles se revelaram de muitas maneiras, mas principalmente nas guerras. General Sampaio, que o foi como soldado raso, lutou em muitas batalhas e sagrou-se patrono da Infantaria. Outro cearense que virou herói na guerra do Paraguai foi João Sorongo. O escritor Rui Pinheiro Silva, em seu livro “O Cavalo de Gonela”, recorda esse cearense que era um boêmio que perambulava pelas ruas e botecos da pequena Fortaleza de 1864. 

Quando estourou a guerra do Paraguai o governo partiu para o recrutamento “voluntário”, para reforçar o pequeno Exército que na época não passava de 18 mil homens. João Sorongo caiu na malha da mobilização que juntou homens rudes do interior, sem a menor experiência militar, despreparados, sem instrução. 

Foram todos levados de navio para o Rio de Janeiro, onde, durante alguns meses, receberiam o devido treinamento. Aconteceu que os cearenses não tiveram tempo de passar por essas instruções e foram enviados para o campo de batalha com a coragem e a cara. 

João Sorongo, ainda em Fortaleza, chegou a receber, na hora da partida, uma Bandeira Nacional que havia sido confeccionada com fio de ouro por moças da sociedade cearense. O escritor Rui Pinheiro conta que o boêmio se emocionou, chorou de orgulho e prometeu defender a nossa Bandeira com o sacrifício da própria vida”. 

Sorongo mostrou sua coragem em batalhas de Tuiuti, Itororó e do Avaí, onde “a tropa, sem o mínimo preparo militar, caiu numa emboscada e foi dizimada. João Sorongo  foi encontrado pela tropa do major Carolino Sucupira. Estava com as mãos decepadas. Na boca, entre os dentes, apareciam fiapos da Bandeira. Rui Pinheiro diz que “ali estava o bravo cabo-corneteiro que nem a morte fê-lo entregar a Bandeira brasileira”. 

Estou falando dessa mesma Bandeira que uma cantora filha de brasileiros pisoteou durante um show em São Francisco, na Califórnia. Essa senhora de mais de 50 anos é filha do cantor baiano João Gilberto e da cantora Miúcha. Isabela Gilberto de Oliveira, conhecida como Bebel Gilberto, nasceu em Nova Iorque em 1966. 

Ela sambou sobre a Bandeira depois que a recebeu de um fã. Ela se desculpou. Não sei se será perdoada. Com certeza será sempre lembrada pelo protesto desrespeitoso. Depois de sapatear sobre a Bandeira, ela cantou a música Bananeira: “Bananeira, não sei / Bananeira, sei lá...” 

O boêmio com a Bandeira nos dentes, a cantora com a Bandeira nos pés.

Wilson Ibiapina 

 DEDICATÓRIA

A reunião desta segunda-feira, dia 25 de julho de 2022, por aclamação do grupo virtualmente reunido, foi dedicada ao grupo de trabalho que organizou e realizou a magnífica solenidade de outorga da "Medalha Rachel de Queiroz - Honra ao Mérito Feminino", na noite do último dia 20, no Ideal Clube, honraria instituída pela ACLJ para distinguir seis mulheres cearenses que exercem importantes funções de comando e liderança no Estado.



Dentre as personalidades femininas recipiendárias dessa láurea estiveram a atual Governadora do Estado, Professora Izolda Cela, a primeira mulher a presidir os destinos do Ceará, bem como a Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargadora Nailde Nogueira, assim também a Reitora da Universidade de Fortaleza, Fátima Veras. Agraciadas também três importantes empresárias, as senhoras Consuelo Dias Branco, Lenise Queiroz Rocha e Ana Maria Studart.  

   

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