SARAU MOMINO
Caiam lantejoulas sobre mim 
e sobre versos e marchas delirantes
Não pretende, por Deus, eu, doravante
Perder um sarau tão bom assim!
Durante o ano a labuta me corrói
em meses longos e rasos de alegria.
Vou garimpar, então, nesta folia
o que há de mais doce e não me dói.
Renasço agora – que é carnaval,
loucura solta e efervescente,
 nessa
roupagem viva, diferente,
na magia momina de um sarau! 
Preciso de confetes e serpentinas
Tragam-me! Estou rapaz!
Tomei uns drinks e já sou capaz
de vê-los pierrôs e colombinas! 
In Doce Mar Selvagem – Paulo Ximenes - 2021


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