CASTIGO
Geraldo
Amancio*
No maior dos carnavais,
Lugar em que o escárnio descamba,
Nós vimos um ano atrás,
Em uma escola de samba,
Uma infernal zombaria,
No desfile da folia,
O que ninguém tinha visto,
A encenação deprimente,
Do cão em forma de gente,
Arrastando Jesus Cristo.
Foi isso em dois mil e vinte,
Por castigo ou ironia,
Bem logo no mês seguinte,
Chega a fatal pandemia.
O vírus universal,
Parou todo carnaval,
Talvez Deus tenha parado,
Pra dar um exemplo ao povo,
Pra não ver Cristo de novo,
Arrastado e massacrado.
O Deus Supremo e Infinito,
É o mesmo Deus afinal,
Das dez pragas do Egito,
Do Dilúvio Universal,
Deus da Torre de Babel,
Deus de Sodoma a infiel,
De Gomorra destruída,
Divino, Supremo e Forte,
Antes de ser Deus da morte,
Deus é mesmo, o Deus da vida.
O vírus não quer saber,
Quem é ateu ou tem fé,
Não há quem saiba dizer
se é um castigo ou não é.
Quando um castigo aparece,
Paga até quem não merece,
Por que? não sei explicar,
Só Deus da verdade é dono,
A Deus eu nunca questiono,
Só sei temer e adorar.
COMENTÁRIO
Que coisa extraordinária! Salve o poeta! Salve o ser humano! Salve o Geraldo Amancio, de quem sou fã número um...
Como agradeço a Deus o fato de pertencer à sua espécie, oh nobre colega da Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo!
Vianney Mesquita
Que coisa extraordinária!
ResponderExcluirSalve o poeta!
Salve o ser humano!
Salve o Geraldo Amâncio, de quem sou fã número um...
Como agradeço a Deus o fato de pertencer à sua espécie, oh nobre colega da Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo!