domingo, 14 de fevereiro de 2021

POESIA - Castigo (GA)

 CASTIGO
Geraldo Amancio*

No maior dos carnavais,
Lugar em que o escárnio descamba,
Nós vimos  um ano atrás,
Em uma escola de samba,
Uma infernal zombaria,
No desfile da folia,
O que ninguém tinha visto,
A encenação deprimente,
Do cão em forma de gente,
Arrastando Jesus Cristo.


 Foi isso em dois mil e vinte,
Por castigo ou ironia,
Bem logo no mês seguinte,
Chega a fatal pandemia.
O vírus universal,
Parou todo carnaval,
Talvez Deus tenha parado,
Pra dar um exemplo ao povo,
Pra não ver Cristo de novo,
Arrastado e massacrado.


O Deus Supremo e Infinito,
É o mesmo Deus afinal,
Das dez pragas do Egito,
Do Dilúvio Universal,
Deus da Torre de Babel,
Deus de Sodoma a infiel,
De Gomorra destruída,
Divino, Supremo e Forte,
Antes de ser Deus da morte,
Deus é mesmo, o Deus da vida.


 O vírus não quer saber,
Quem é ateu ou tem fé,
Não há quem saiba dizer
se é um castigo ou não é.
Quando um castigo aparece,
Paga até quem não merece,
Por que? não sei explicar,
Só Deus da verdade é dono,
A Deus eu nunca  questiono,
Só sei temer e adorar.


 Fortaleza, 14 de fevereiro de 2021.



 

 COMENTÁRIO

Que coisa extraordinária! Salve o poeta! Salve o ser humano! Salve o Geraldo Amancio, de quem sou fã número um... 

Como agradeço a Deus o fato de pertencer à sua espécie, oh nobre colega da Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo! 

Vianney Mesquita


Um comentário:

  1. Que coisa extraordinária!
    Salve o poeta!
    Salve o ser humano!
    Salve o Geraldo Amâncio, de quem sou fã número um...
    Como agradeço a Deus o fato de pertencer à sua espécie, oh nobre colega da Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo!

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