sábado, 16 de janeiro de 2021

ARTIGO - A Festa Comentada (RV)

A FESTA COMENTADA
Reginaldo Vasconcelos*

 

COMENTÁRIOS

Diz-se muito que o melhor da festa são os comentários posteriores. A assertiva insinua que os temas dos convivas sobre o curso dos eventos sejam sempre maliciosos – geralmente sobre falhas na organização e sobre as eventuais gafes cometidas por quaisquer dos convidados. 

Assumindo a vertente bem-humorada e mesmo jocosa desse cacoete universal, tenho escrito crônicas após as nossas Assembleias acadêmicas, glosando o que deu errado ou que deu menos certo que o esperado – algumas vezes sendo eu mesmo o autor da gag e a vítima das risadas. 

À guisa de exemplo, lembro de uma vez em que, discursando sem texto escrito, misturei o nome de duas das nossas venerandas patronesses – não lembro bem se eu disse “Dona Yolanda Dias Branco” ou se falei “Dona Consuelo Queiroz”. 

De outra feita, em Assembleia Geral da ACLJ em 2018, um convidado veio de outra cidade para prestigiar alguém que seria alvo de homenagem. Porém, se antecipando ao coquetel final, serviu-se no bufê de vários drinques alcoólicos e dormiu profundamente durante todo o correr do evento – levando a Benemérita Paula Queiroz Frota a divertir-se com aquela cena cômica.



 

  

A FESTA 

Na Assembleia Geral de terça-feira, dia 5 de janeiro, a nossa primeira reunião do ano e a primeira durante a pandemia, tudo transcorreu sem falhas – hino nacional completo, hino acelejano perfeito – não executados, como de hábito, pela Banda de Música do Exército ao vivo – mas tocados por meio eletrônico com imagens das bandeiras exibidas no telão. 

Discursos belíssimos, entrega dos diplomas, outorga simbólica dos troféus – que os homenageados não levaram consigo imediatamente, porque as peças eram pesadas e não seria cômodo transportá-las – e a organização comprometeu-se a lhes enviar em domicílio (antes da entrega física os troféus tiveram interferências estruturais que os tornaram mais leves, sem prejuízo de suas dimensões e de sua beleza).

A propósito dos referidos troféus, alguns estranharam o seu formato inusual, e indagaram a respeito. Correspondem ao titulo "Destaque Cearense", conferido ao empresário Alexandre Sales (Troféu Empreendedores Brasileiros), ao médico Cabeto Martins Rodrigues (Troféu Prasinus Angelos), e ao humanista benemérito Igor Queiroz Barroso (Troféu Benemerência Brasileira).




Um troféu é um objeto representativo de uma vitória conquistada, ou um prêmio simbólico por um feito heroico, e não tem forma definida nem feição obrigatória. 

Pode ser uma taça, uma estatueta, uma obra de arte sem conceituação objetiva, mas de beleza lírica e de riqueza semiótica. Para os gregos antigos, uma simples coroa de louro; para os lutadores, um pomposo cinturão. 

No nosso caso, a ideia foi produzir um painel gráfico em que a imagem do ilustre recipiendário de cada um dos troféus figurasse no centro e em destaque, cercado pelos espectros fotográficos de grandes ícones do seu ramo de atividade, seus ídolos e colegas destacados do presente e do passado, no âmbito nacional e no contexto estadual. 

No verso desse painel de honra-ao-mérito a representação artística dos termos da Ata da ACLJ, trazendo os devidos carimbos e selos dos registros em cartório, na qual foi consignada a eleição dos homenageados e a outorga da panóplia. 

A esses troféus o jornalista Lúcio Brasileiro, em sua coluna de O Povo, deu o nome de “pergaminhos”, termo clássico e apropriado. 

Momento glorioso do evento foi a revelação do fato insólito de que o empresário Alexandre Sales teve, na verdade, entre os acadêmicos titulares, dois proponentes de seu nome.

O advogado Cândido Albuquerque, Magnifico Reitor da UFC, detentor do titulo de Cearense do Ano de 2019, o primeiro a lançar o nome de Alexandre para concorrer ao prêmio; além dele o jornalista Marcos André Borges, CEO da VSM Comunicação e da TrendCe, que fez campanha pela sua candidatura e a viabilizou – tendo sido o Reitor Cândido o voto de minerva para o resultado da eleição. 

A outorga dessas láureas foi amplamente repercutida pela mídia impressa e pelas redes sociais, como a Revista Tapis Roube, Adriano Nogueira, do Jornal Otimista, a Márcia Travessoni do Diário do Nordeste, a Balada In do Pompeu Vasconcelos, a Sisi, da Iaritza Gurgel, as colunas do Clovis Holanda e do Lúcio Brasileiro, no jornal O Povo. Foi tema do comentário Doa a Quem Doer, do Senador Cid Carvalho, na Rádio Cidade.         


  









Nenhum comentário:

Postar um comentário