HABEMUS
NOVAS PAPISAS
ACADÊMICAS
Reginaldo Vasconcelos*
CONCLAVE
Antes de tudo, quero rogar a Deus que ao receber em sua Corte Celeste Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, que lhe feche as oiças às nossas queixas contra ele, que não eram feitas de ódio, mas de incômodos naturais pelas nossas divergências filosóficas em relação aos próprios preceitos da religião católica que professamos e cuja Igreja era por ele chefiada – nós no exercício do livre pensamento das pessoas comuns, ele escravo das altíssimas responsabilidade de líder espiritual universal.
Que entenda, como o referido Papa santo, que lhe cabe dar exemplo e aconselhar o seu rebanho na direção da virtude, da bondade, da tolerância, da paz, do acolhimento, mas tendo a sapiência de se resignar à vontade imponderável de Deus-Pai – em vez da veleidade ou presunção de poder alterar o curso natural do destino do mundo revolucionando a sociedade.
Enfim, os bons cidadãos têm que optar por fazer o bem a qualquer um, sempre que lhes for possível e oportuno, e por não fazer mal contra ninguém, respeitando as pessoas, indiscriminadamente, pela sua simples condição humana e pelas suas virtudes, e não pela sua situação patrimonial ou financeira. Aos sacerdotes compete a missão da caridade, o que para os demais é prazerosa faculdade.
FUMAÇA BRANCA NA ACADÊMIA
Saudamos as novas confreiras da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ), a Liana Ximenes Lessa e a Gabriela de Palhano, que na noite desde dia 03 de maio, durante a 7ª Reunião da Arcádia Alencarina, entraram para a imortalidade acadêmica, duas joveníssimas senhoras que vêm trazer a graça da juventude à confraria, e se somarem à ilustre ala feminina com a sua intrínseca beleza feminil, até porque as mulheres são as rainhas do Universo.
A começar pela augusta figura de Maria de Nazaré, a mãe do Santo Cristo, e, em suma, as mães e irmãs de todos nós, bem como as nossas sempiternas companheiras, assim também as nossas filhas e netas adoradas.
LIANA XIMENES LESSA
Por exemplo, sobrinho do fundador do Náutico Atlético Cearense (o empresário Pedro Coelho), Paulo ganhara do tio uma valiosa ação de sócio proprietário do clube, que ainda estudante vendeu para custear o pretenso noivado com uma primeira namorada – idílio que não prosperou, mas que rendeu uma crônica tragicômica maravilhosa desde o título, aproveitado em um de seus livros: “Anotações de um Ex-Sócio do Náutico”.
Engenheiro Agrônomo chapa-branca, já se poderia aposentar mas não deixavam, recorrendo a ele sempre que a repartição precisava trafegar por ciências mais humanas do que exatas, como quando foi convocado pelo superintendente do órgão, a que servia quase desde a fundação, para a produção de uma obra sobre a história da entidade.
Era Membro Fundador da confraria literária e legou a sua Cadeira de nº 12 à filha que herdou os seus dotes intelectuais e o seu pendor ao beletrismo.
GABRIELA DE PALHANO
Gabriela, por seu turno, jovem jornalista de
nomeada, com passagem por grandes emissoras de televisão e detentora de prêmios
de reportagem, retornou ao seu Ceará para emprestar a sua experiência na
imprensa nacional ao matutino da família.
O Estado, um dos dois mais tradicionais jornais da cidade, ainda na dignidade física do papel impresso, seguramente o mais charmoso, credibilizado e independente noticioso cearense, foi adquirido há muitas décadas e dirigido por seus avós Venelouis e Wanda, até a morte de cada um, empresa hoje sob a batuta da filha do casal Soraya Palhano, mãe da Gabriela.
Wanda Palhano foi uma deusa da beleza cearense na sua juventude, cotada para ser Miss Ceará e Miss Brasil, mas em razão da morte de sua mãe nas vésperas do concurso desistiu de concorrer. Depois formou-se em Direito, na faculdade conheceu o futuro marido, tornando-se um dos ícones do jornalismo no Estado.
Fundadora da ACLJ, ao falecer, em 2017, Dra. Wanda ascendeu ao panteão dos Membros Beneméritos, legando agora a sua Cadeira de nº 7 a sua neta, que vem abrilhantar o elenco feminino da entidade.
Parabéns a ambas, a Procuradora da Fazenda Nacional Liana Ximenes Lessa e Jornalista Gabriela de Palhano, duas novas papisas da literatura e do jornalismo cearenses.
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