ACLJ
15ª ASSEMBLEIA ANIVERSÁRIA
A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ), neste mês em que comemora o seu 15º ano de existência real, e 14 anos de instalada formalmente, realizou a sua Assembleia Geral Aniversária, no auditório principal do Palácio da Luz, na Praça dos Leões, na noite deste dia 14 de maio, solenidade dedicada ao teatro cearense.
Na oportunidade tomaram posse na dignidade de Membros Beneméritos da ACLJ, por propositura do confrade Beto Studart, o ex-governador do Estado, Gonzaga Mota, um dos maiores intelectuais e bibliófilos do Ceará atualmente, e o megaempresário José Carlos Pontes, fundador e presidente do Grupo Marquise, um dos orgulhos o empresariado cearense.
Ao final da cerimônia foi exibido um documentário sobre a opereta A Valsa Proibida, de autoria do musicista Paurilo Barroso e do dramaturgo Silvano Serra, peça que marca o apogeu da dramaturgia alencarina, cuja última temporada remonta ao ano de 2011, portanto já há 14 anos.
https://drive.google.com/file/d/14Uh6y64U4wDFIHovCjD9Af7HLxzrXMqn/view?usp=sharing
A primorosa vídeo-reportagem sobre a referida peça de teatro foi realizada pela Zoom Digital, do videomaker Eduardo Pinheiro, sob a direção do jornalista e pesquisador Roberto Bomfim, com patrocínio do Grupo M. Dias Branco e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
Sob a condução do radialista Vicente Alencar, Secretário-Geral da ACLJ, que é o seu Mestre de Cerimônia oficial, a solenidade transcorreu de forma célere, com a Mesa Diretiva composta pelo Presidente Reginaldo Vasconcelos, pelo Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues, pelos Beneméritos Lúcio Alcântara e Beto Studart, e pelos membros titulares da entidade Stênio Pimentel, Gabriela de Palhano e Carlos Rubens – este último representando o Presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante.
O evento teve início com a projeção de um vídeo de 2011, registrando a abertura do programa de televisão Visão Política, do jornalista Arnaldo Santos, anunciando a instalação da ACLJ – ele próprio um dos membros fundadores.
Em seguida, fez-se o registro da posse de duas novas integrantes da entidade, investidura que ocorreu na noite do dia 03 de maio, durante a 7ª Reunião da Arcádia Alencarina, entidade interna da ACLJ composta pelos 10 membros “fardonados” que a subvencionam.
As duas acadêmicas são a jornalista Gabriela de Palhano, que assumiu a Cadeira de nº 7, fundada por sua avó, Wanda Palhano, e a Procuradora da Fazenda Nacional Liana Ximenes Lessa, que, por seu turno, sucedeu ao próprio pai na Cadeira de nº 12, o poeta Paulo Ximenes, falecido em setembro do ano passado.
Após a formação da Mesa Diretiva houve a tradicional performance do Arauto Oficial da ACLJ, Jean Navarro, que executou a “clarinada triunfal”, e, em seguida, a Banda de Música da 10ª Região Militar tocou o Hino Nacional e depois a Ode Alencarina, hino da Academia.
No final da solenidade, antes da projeção do documentário sobre a opereta A Valsa Proibida, o acadêmico Pedro Bezerra de Araújo, latinista da ACLJ, recitou o Pai Nosso em latim, em homenagem ao novo Papa Leão XIV.
Na sequência os acadêmicos levantaram o costumeiro brinde com vinho do Porto, reuniram-se para a foto coletiva, e foi servido o coquetel comemorativo, no salão principal do silogeu.
DISCURSO
REGINALDO VASCONCELOS
Meu querido Dr. Lúcio Alcântara, deputado, prefeito, governador e senador da República, nosso 4º Benemérito e Presidente de Honra interino, representando o Membro Titular Fundador Cid Carvalho, ocupante da Cadeira de nº 1 da ACLJ, ausente por motivo de saúde;
Prof. Dr. Rui Martinho Rodrigues, este o nosso Presidente Emérito, o primeiro a presidir a nossa casa de literatura e jornalismo;
Amigo querido Beto Studart, nosso 20º Benemérito, não sei se maior como grande empresário ou como figura humana gigantesca, que tenho entre as joias do meu patrimônio afetivo, por nada que não seja o seu luminoso caráter de filósofo aplicado;
Ilustres beneméritos empossandos, o Professor Gonzaga Mota, ex-governador do Estado, um dos maiores intelectuais e pensadores cearenses do nosso tempo, e o empresário José Carlos Pontes, cuja gloriosa trajetória pessoal orgulha o Ceará, fundador e presidente do Grupo Marquise, conglomerado de empresas de abrangência nacional, que hoje oportuniza emprego a mais de 10.000 pessoas;
Confrades Gabriela de Palhano, Stênio Pimentel e Carlos Rubens, demais componentes da Mesa;
O nosso preito de gratidão ao Ricardo Cavalcante, ausente por motivo de força maior. Ele é líder de líderes, brilhante Presidente da Fiec, entidade que nos patrocina, e que completa agora 75 anos. Interinamente, Ricardo está presidindo a Confederação Nacional da Indústria.
Nosso 21º Benemérito, ele foi agraciado merecidamente com o título de Cearense do Ano pela ACLJ, ao final da pandemia de Covid 19, por seu grande empenho e magnífico desempenho no combate à doença e no socorro aos doentes, trabalhando institucionalmente em colaboração com a Universidade Federal, que então tinha à frente o Magnífico Reitor Cândido Albuquerque.
Agradecendo ainda a Dra. Graça Dias Branco, que entre os nossos mais estimados beneméritos sucedeu ao ilustre pai, o saudoso Ivens Dias Branco, ela que entre nós também representa a sua mãe, Dona Consuelo, a qual, do alto dos seus gloriosos 90 anos de idade, certamente de sua casa nos acompanha e abençoa.
Dra. Graça e seu irmão, Ivens Dias Branco Júnior, ausentes por imperioso motivo de viagem de negócios, ele atual detentor do título de Cearense do Ano, eleito por esta ACLJ, sob os auspícios de ambos pudemos produzir um importante documentário em homenagem ao teatro cearense, cujo apogeu foi a opereta A Valsa Proibida, primoroso vídeo que em seguir exibiremos;
Meus confrades, senhores convidados, minhas senhoras e meus senhores.
Penso eu que antes de poder falar, de desenvolver uma linguagem, o homem foi mímico, e durante a mímica ele riscou, de modo que o gérmen da comunicação humana são o teatro e a escrita.
Imagino o rico gestual dos pré-homens nas cavernas, nossos remotos ancestrais, contando às suas mulheres os sucessos das caçadas, feitos que depois registravam nas paredes rupestres, inscrições das quais algumas ainda hoje subsistem.
Desde então se vieram desenvolvendo os códigos vocais, as línguas ágrafas, em seguida a escrita lítica simbológica, os idiomas, mais adiante o papiro, o pergaminho, o palimpsesto. Depois Sua Excelência o papel, e, por fim, sua Majestade o livro impresso.
Mas a tudo isso precederam a dramaturgia e as artes gráficas, o canto e a dança, a música e a letra da música, a pintura corporal e de cenários, o papel dos atores. Se me perdoarem o eloquente e oportuno trocadilho, digo tudo isso para exaltar o importante papel do teatro na evolução da humanidade.
Tem-se notícia de representações teatrais no Egito, mil anos antes de Cristo, ainda sem diálogo entre os atores. Também na China e no Japão. E na Grécia Antiga o teatro foi concebido na sua forma clássica de tragédia e comédia que desde então se desenvolveu no Ocidente.
Por isso, como coincide a época do advento e da instalação desta Academia, com a data da última edição da opereta A Valsa Proibida, decidimos dedicar a ela o nosso 15ª aniversário, projeto a que o Grupo M. Dias Branco associou-se, patrocinando a edição do documentário realizado pela Zoom Digital, do videomaker Eduardo Pinheiro, sob a direção do jornalista e pesquisador Roberto Bomfim, que é nosso confrade.
A Valsa Proibida é a única peça clássica de autoria cearense, iniciativa do musicista Paurilo Barroso, que musicou os diálogos escritos pelo dramaturgo Silvano Serra, pai do acadêmico Stênio Pimentel, aqui presente.
Paurilo também compôs a melodia-tema, que recebeu letra de autoria do intelectual Otacílio de Azevedo, pai do confrade Nirez. Silvano Serra e Otacílio de Azevedo, já instalados no panteão celestial, são os patronos das cadeiras acadêmicas da ACLJ respectivamente ocupadas por seus filhos referidos.
Por fim, congratular-me com os confrades pelo transcurso de mais um aniversário da nossa ACLJ, agradecer penhoradamente à Fiec e ao Grupo M. Dias Branco pela concessão do seu importante mecenato, nas pessoas de seus titulares, Ricardo Cavalcante e Ivens Júnior, regozijando-me pelo elevado prestígio de poder contar com a honrosa presença de vós todos.
Eu tenho dito.
Muito
obrigado.
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