sexta-feira, 30 de agosto de 2013

REPORTAGEM

A edição do jornal O Povo de domingo, 25 de agosto, trouxe interessante matéria sobre o Açude Castanhão, obra que desde o seu projeto tem no engenheiro Cássio Borges, que é especialista em recursos hídricos, um crítico ferrenho. 

Dr. Cássio, Membro Honorário da ACLJ, foi Diretor do Departamento Nacional de Obras contra as Secas - DNOCS, do qual é hoje servidor aposentado, e um grande defensor.







HOMENAGEM A CID CARVALHO

O jornalista e advogado Cid Saboia de Carvalho, ex-senador da República, membro da Academia Cearense de Letras e Presidente de Honda da ACLJ, titular de sua Cadeira de nº 1, completou 78 anos no domingo passado, 25 de agosto.


O grande prócer foi homenageado pelo  grupo da fotografia abaixo, composto por colaboradores do Programa Dimensão Total, que vai ao ar nas manhãs de domingo pela Rádio Assunção  sob o comando do radialista Ronald Machado.

Da esquerda para a direita: o Procurador da República Oscar Costa Filho, o advogado e jornalista Reginaldo Vasconcelos, o homenageado Cid Carvalho, o advogado Tarcísio Leitão, o empresário Alberto Bardawil, Presidente da TV União, o Desembargador Ademar Mendes Bezerra, o Capitão Silva, o empresário Antônio José Costa, Presidente do Sindipostos, e o comandante do programa, radialista Ronald Machado.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

NOTA ACADÊMICA



LIRA NETO LANÇA LIVRO 

O jornalista cearense Lira neto, que tem se convertido em um dos grandes biógrafos do Brasil contemporâneo, lançou em São Paulo  e em Fortaleza, hoje, na Livraria Cultura  mais um volume sobre a vida de Getúlio Vargas.

Esse é o segundo livro da trilogia que ele escreveu a respeito desse controvertido personagem da nossa história recente – o último tomo da coleção ainda inédito, a ser lançado na sequência – todos eles retumbantes sucessos editorais, como tudo que ele escreve.

Esse gênero literário é aquele que envolve pesquisa, que resgata a memória, que compila e registra para a posteridade fatos e gentes importantes do passado, que do contrário poderiam se afundar e se perder nas brumas do tempo, com todos os aspectos e todos os exemplos que legaram às pessoas do presente, e às futuras gerações.

LIRA NETO É MEDALHADO

Lira Neto está entre os indicados pela ACLJ para receber a Medalha Jornalista Durval Aires Menezes, uma merecida comenda da nossa arcádia a esse intelectual conterrâneo que se projetou nacionalmente pela produção de trabalhos alentados e primorosos no campo da literatura jornalística.


O jornalista-escritor já foi comunicado da honraria acadêmica de que é alvo, e ficou de examinar a possibilidade de agendar sua vinda à Fortaleza (ele mora hoje em São Paulo), com vistas a comparecer à nossa Assembleia Geral de Fim de Ano, em 12 de dezembro, para a outorga da medalha.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NOTA ACADÊMICA

Marcada para as 20:00h do dia 12 de dezembro próximo a Assembleia Geral de Fim de Ano desta Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, que como sempre terá lugar no veterano auditório da Associação Cearense de Imprensa, ACI.

A ACI se localiza no Edifício Perboyre e Silva, na chamada “Casa do Jornalista”, na Rua Floriano Peixoto, 735, no Centro da Cidade de Fortaleza, veneranda entidade de classe para cuja presidência acaba de ser eleita a Professora Adísia Sá, a qual tomará posse em outubro próximo.

   Jornalista Durval Aires  
Instituída por proposição do acadêmico Aluísio Gurgel, a Medalha Jornalista Durval Aires de Menezes será outorgada a quatro eméritos agitadores culturais do Estado, na solenidade de dezembro.

Durante o evento serão ainda oficialmente empossados, recebendo suas pelerines rituais, quatro Membros Honorários já devidamente eleitos e diplomados, como também haverá o lançamento de um novo livro de crônicas do acadêmico Paulo Ximenes  "Anotações de um Ex-Sócio do Náutico".

Também tomará posse mais um Membro Benemérito, cujo nome revelaremos depois, quando o novo laureado com a mais elevada dignidade acadêmica da ACLJ confirmar sua presença.

O nome do novo Benemérito foi proposto à Decúria da Academia pelo Jornalista Arnaldo Santos, e em seguida aclamado por aquele núcleo administrativo da instituição, em sua reunião ordinária deste mês.

Esse corpo deliberativo, que se autodenominou Viridi Cruce, é composto dos dez acadêmicos mais assíduos e mais dedicados à administração do silogeu. Sempre presentes e muito operosos, eles têm preservado todas as suas prerrogativas estatutárias, inclusive o seu direito de voto. Os componentes da decúria assumiram ainda todos os custos fixos da ACLJ, de modo a que seja sobrestada a cobrança de anualidades aos demais titulares – ressalvada a todos estes a faculdade de se reabilitar e de se integrar a esse núcleo acadêmico incumbido das deliberações administrativas da entidade.  


Na Assembleia de dezembro também haverá descerramento do retrato do Patrono da Cadeira Nº 2, o Chanceler Edson Queiroz, pintado em óleo sobre tela pelo acadêmico Reginaldo Vasconcelos, sobre a orientação técnico-artística do artista plástico Vlamir de Souza, no formato padronizado de 1mx70cm.

Esse será o segundo quadro a compor a galeria de retratos dos paraninfos da entidade. Na Assembleia Geral Aniversária, em 03 de maio passado, no Ideal Clube, foi descerrado o retrato pictórico do jornalista Tarcísio Tavares, Patrono Perpétuo da Cadeira de nº 39.            

LUTO ACADÊMICO



A ACLJ está de luto, pois faleceu nesta última quarta-feira em Fortaleza Dona Maria Zenita Rodrigues de Azevedo, esposa do confrade Miguel Ângelo de Azevedo, o nosso estimado Nirez, Presidente do Museu da Imagem e do Som do Ceará, Titular da Cadeira de nº 26 desta Academia.

Nirez, cujo pai, o poeta Otacílio de Azevedo, pertencia à Academia Cearense de Letras, é um dos grandes pesquisadores da história contemporânea do Estado, bem como da música brasileira da primeira metade do Século XX, detentor de um grande acervo de discos, livros, fotografias, documentos e objetos desse período, todos catalogados em seu museu particular, o Arquivo Nirez.

A nossa confraria abraça o confrade Nirez, nesse momento de provação existencial que experimenta, manifestando seus sinceros pêsames a toda a família enlutada – os filhos Terezinha, Otacílio Neto, Nirez de Azevedo e Mário de Azevedo. 

Dona Zenita certamente foi festivamente recebida no reino de paz reservado aos mais mansos e justos espíritos de luz purificados.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

LITERATURA

Lúcido Patriota

Por Geraldo Jesuíno da Costa*

Capa e orelhas por Geraldo Jesuíno
Certa vez, lendo Pessoa “minha pátria é a língua portuguesa” , em pesquisas paralelas, descobri uma certa poetisa, cronista, escultora francesa Lucie Delarue-Mardrus que me chamou a atenção por um poema que escreveu sobre o Rio de Janeiro e, principalmente, por uma citação, “Escrever bem a sua língua é uma forma de patriotismo”   que, dada sua pequena popularidade no Brasil, não lhe consegui descobrir em qual obra foi lavrada. Daí quedei confiante na esperança e anda nela me afinco mesmo nesses tempos de consentidos e perversos descasos, de que ainda há motivos para comemorar.

De vez em quando, alguém ainda se arremete ao quase desusado costume de cuidar dos seus escritos com o carinho e, antes de mais, com o respeito que lhes merece a língua-mãe embora, não raro, tais empreitadas lhe valham algum rótulo, como, conservador, “quadrado”, acadêmico com ranço ou, simplesmente, antigo.

De quando em vez, inda é possível encontrar autores que não se rendem, e ainda se indignam à moda pessoana, que ainda empunham em estandartes, já nem tão numerosos, o orgulho de ter tido e continuar tendo sua formação forjada “naquela” academia, em cujos pilares se sustentam a cultura, a ética e a cidadania.

É uma dessas vezes. Leio agora Arquiteto a Posteriori, novo tomo que me presenteia a  incansável lavra do Professor João Vianney Campos de Mesquita, mas não alcanço surpresas. Antes, a comprovação de um passo mais um seguro, mais maduro e, como sempre, cuidadosamente executado, na trajetória de sua já extensa e respeitável obra literária, na qual figuram, na mesma linha deste, Impressões – estudos de Literatura e Comunicação(1989), Resgate de ideias (1996) e Repertório Transcrito ( 2003).

Aqui, Vianney conscientemente – abstrai as barreiras que aparentemente separam  as inúmeras áreas do conhecimento e, com peculiar simplicidade e segurança, entre elas trafega alçado pelo domínio da interdisciplinaridade experimentada na atividade docente - labuta e sacerdócio – provando ser possível pensar aproximando  conceitos e ideologias.

Arquiteto a Posteriori  reúne textos acerca de obras cuidadosamente eleitas sob o rigor da qualidade,  nos quais descreve olhar e sentimento, exercendo atitude crítica pura, incólume às práticas menores dos achaques, dos denegrimentos gratuitos e das desmerecidas lisonjas.

Assenhoreia-se, ao traçar os conceitos e considerações, da admirável benquerença que lhe merecem os amigos e os bons textos, mas não se afasta da atitude severa dedicada à análise erudita, que modestamente chama de comentário.

Assim, sem descanso em seus cuidados, temor em seus princípios nem recuos em sua dedicação ao idioma pátrio, empunha a bandeira de Pessoa e Lucie, e nos presenteia com outra página da sua literatura a confirmá-lo legítimo patriota.

Prof. Geraldo Jesuíno da Costa
Titular da Cadeira 
de nº 32 da ACLJ










CRÔNICA

É ASSIM QUE SE JOGA!

Por Aluísio Gurgel do Amaral Jr (*)

O gol de quarta-feira passada não começou com Dani Alves. A jogada toda teve início com bola parada em decorrência de uma falta que Neymar sofreu pouco além do meio de campo, pelo lado esquerdo. A cobrança foi quase imediata: Iniesta rolou para Fábregas, que mudou o jogo da esquerda para o meio, passando para Xavi. Daí em diante todos sabemos o que ocorreu... Xavi tocou a bola para Dani Alves bem à direita, que ensaiou um drible e devolveu a Xavi, ao mesmo tempo em que correu entre três zagueiros para receber a enfiada do próprio Xavi e cruzar, da lateral direita da grande área para o outro lado, no bico da pequena área, para Neymar cabecear em gol.

Também vale a pena examinar com calma a movimentação de Fábregas depois que passou a bola para Xavi: ele se aproxima da grande área e, enquanto Xavi passa a bola para Dani Alves, entra pela meia lua, ao passo que Dani Alves devolve a Xavi e corre entre os zagueiros. Neste instante Fábregas já está completamente dentro da grande área e estende os braços apontando para os próprios pés pedindo a bola que Xavi não lhe toca e rola para Dani Alves. Fábregas repete o gesto para Dani Alves que cruza para o gol de Neymar. A reação de Fábregas, antes de comemorar o gol de Neymar, se mede pelo que gesticulou a Dani Alves. Somente depois corre para o abraço.

Mas o que Neymar estava fazendo antes de cabecear para o gol? Quando Iniesta rolou a bola para Fábregas, Neymar se levantava calmamente. Quando Fábregas passou para Xavi, Neymar começava a andar pela intermediária do lado esquerdo. Quando Xavi abriu para Dani Alves, Neymar apressou o passo e logo que a bola voltou a Xavi, ele levanta o braço se mostrando sozinho e sem marcação para que Dani Alves percebesse. E Dani percebeu claramente, pois ao receber a bola de Xavi, mesmo tendo Fábregas praticamente ao seu lado pedindo, nem se deu ao trabalho de olhar onde Neymar estava pois já sabia onde ele deveria estar e mandou por baixo da bola para lá.

É possível interpretar a reação de Fábregas, logo após o gol, como um sentimento de decepção por ver Dani Alves abandonar o caminho mais lógico de passar-lhe a bola, ali dentro da grande área no meio da zaga, e optar por um cruzamento bem alto para o outro lado da área. Mas Fábregas estava no olho da jogada, por assim dizer, e não podia ver muito – estava de frente para a bola. Dani Alves tinha mais visão de jogo naquele instante e demonstrou isto claramente. E a visão de jogo de Dani Alves já estava desenhada na sua mente quando decidiu que a posição de Fábregas não abria margem para a conversão e mandou a responsabilidade para Neymar.

Mas visão completa da jogada, domínio perfeito da cena toda era um atributo que pertencia apenas a Neymar. Ele estava jogando sem bola desde que se levantou após sofrer a falta. E assim permaneceu até cabecear para o gol. Foi o timing perfeito. Andou, enquanto aguardou a zaga ir embora para o outro lado do campo levada por Xavi ao rolar para Dani Alves. Apressou o passo por trás do único zagueiro que lhe fazia vigilância quando Dani Alves devolveu a Xavi, e sinalizou com o braço, já no rumo da grande área, avisando que estava só e que havia jogo do outro lado, quando Xavi enfiou a bola para Dani Alves. Daí foi a certeza de Dani Alves e o cruzamento.

O cabeceio, em si, foi irretocável: as mãos próximas do corpo, uma perna levemente dobrada e a batida da bola no centro da testa para permitir o melhor desvio para onde se quer que ela vá. Exatamente os fundamentos propalados por Pelé (veja-se Brasil 4 x 1 Itália, 1970). Mas houve algo que Pelé não ensinou: a mesma ação em velocidade. E o que Neymar quis? Garantir o gol, é óbvio. Como? Dirigindo a bola baixo e para o canto esquerdo, e cuidando para que ela tocasse o chão precisamente na linha do gol, pois assim se determinava a indefensabilidade – ainda que defendida fosse, dificilmente deixaria de entrar por esta razão específica.


Depois? Depois foi a felicidade genuinamente brasileira que contagiou a todos através daquele sorriso maroto que correu de braços abertos, inclusive ensaiou um drible no operador da câmera com um gesto de corpo todo – aí se revelando nítido conteúdo interior no sentido de que o moleque não vai se restringir ao toque de bola. Por fim, o abraço agradecido dos companheiros pela salvação da situação e, aos olhos do mundo, a certeza do trabalho bem feito que se colhe das palavras do Professor Geraldo “Tata” Martino: “És asi que si juga!” O resto é conversa de quem torce contra ou a favor, é futebol.


Aluísio Gurgel do Amaral Jr
Titular da Cadeira nº 14 da ACLJ

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CRÔNICA

A IGREJA DO DIABO

Paulo Maria de Aragão (*)

Machado de Assis, também emérito contista, ao escrever “A Igreja do Diabo”, fala de um velho manuscrito beneditino no qual o diabo teve a ideia de fundar uma igreja. O projeto baseava-se no fato de se sentir humilhado por Deus, na inveja em não ter o seu próprio templo, e isso o consumia. Por essa razão, determinou-se a combater as outras religiões e destruí-las.

Invocando lealdade, para não ser acusado de fingimento, visitou o Senhor, a Quem participou seu propósito. Instalada a igreja, seus adeptos passaram a cometer os sete vícios capitais: luxúria, gula, avareza, inveja, ira, soberba, vaidade e preguiça; elegeu-os como indispensáveis à ventura da existência humana.


A despeito de obedecerem aos mandamentos hedonísticos, vacilavam, por livre escolha, entre o bem e o mal. Em face dessa dualidade de intenções, que define nosso mundo, ora se faziam partidários do diabo, ora, embora às ocultas, praticavam atos virtuosos. Ao tomar ciência dessas vicissitudes, o mentor da nova igreja, desiludido, foi ter com Deus, a fim de saber as causas da dubiedade. Do alto de Sua indulgência, Ele resumiu: “É a eterna contradição humana”.

Afinal de contas, somos seres complexos. Todos sabem que ninguém é inteiramente bom ou mau – dentro de nós convivem anjos e demônios. Quem nunca, em seus pensamentos secretos, tencionou provocar o infortúnio ao inimigo, ofendeu o próximo ou mentiu? Basta lembrar a passagem bíblica em que Jesus, ao desafiar os fariseus, quando Madalena se achava prestes a ser apedrejada, sentenciou: "Quem entre vós não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. De igual forma, as palavras do Rei Salomão: “Não há um só justo na terra, ninguém que pratique o bem e nunca peque”.

As deliberações humanas prendem-se a apetites e aversões – problema teológico, além de contraditório. Nada é absoluto. A vida, por si própria, não passa de movimento em que o bem e o mal são exercitados. O conto machadiano emblema a essência do homem: um ser fraco e imperfeito. Aliás, prescinde-se de maiores incursões filosóficas para se chegar a tais conclusões.

Graças a Deus, o mundo não é dominado pelo mau e por paixões mundanas. Há os que vivem de virtudes, da prática de boas ações, de amor e decência; são os heróis anônimos, simples e honrados que dizem o porquê da existência dos opostos: o bem e o mal.


Por Paulo Maria de Aragão
Advogado e professor
Titular da Cadeira
de nº 39 da ACLJ

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

RESENHA

DIRETO DA REDAÇÃO


O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a sexta pela TV Cidade, às 8:15h da manhã, apresentado pelos jornalistas e analistas sociais Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta sexta-feira, dia 16 de agosto, tratou dos temas mais atuais e momentosos.

A dupla de comentaristas tem se posicionado vigorosamente a favor da construção do viaduto projetado para o entroncamento das avenidas Antonio Sales e Engenheiro Santana Júnior, no Coco, em Fortaleza, obra controvertida na sociedade cearense.

Consequentemente, os dois são valentemente contra os manifestantes que querem impedir a obra, em defesa de uma faixa de floresta do parque, que precisa ser sacrificada pelo projeto, e que já foi em parte desmatada, ao longo guerra de liminares judiciais que embargam e que autorizam a obra a cada dia.

Por conta disso, ambos os entrevistados convidados para o programa da manhã de ontem, quinta-feira, não compareceram ao estúdio, pois estão entre os que censuram a construção do viaduto e certamente por isso preferiram não entrar no campo minado, na seara do “inimigo”.

De fato, o ambientalista sensato tem de admitir que a relação custo/benefício entre a perda de algumas árvores e a fluidez do trânsito em um dos pontos mais congestionados da Cidade, sensatamente recomenda que a obra seja feita.

O Prof. Afrânio Craveiro informa pela Internet os cálculos feitos pelo Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), da Universidade Federal do Ceará, concluindo que o nível de poluição causada pela grande quantidade de veículos à espera do semáforo, naquele entroncamento, durante todo o dia, está muito acima da capacidade de regeneração ambiental das árvores que serão sacrificadas.

Ademais, aquele parque, nas margens da avenida, não tem árvores da flora nativa, mas quase que somente castanholeiras, ou “amendoeiras”, como se as prefere chamar em outros pontos do País. Cartanholeiras são plantas exóticas, oriundas da Indonésia, aliás, muito recentes no Estado.

As primeiras castanholeiras entre nós foram plantadas pelo Exército em torno do Campo de futebol Eudoro Correia, do Colégio Militar de Fortaleza, pelos anos 50. Depois se plantaram outras pela Praia de Iracema, antes que ela se tornasse preferida para a arborização pública da Cidade, substituindo oitis e fícus-benjamins.

O blog Curinga de Búzios registrou um problema semelhante no Rio de Janeiro, em julho de 2010, nesta matéria abaixo transcrita:

“Nessa semana em Búzios houve uma manifestação popular  pacifica contra a retirada de amendoeiras cinqüentenárias que estavam plantadas na Praia de Geribá. A retirada dos exemplares se deu para que pudesse ser realizada a fase final do projeto de reurbanização e revitalização do “Canto esquerdo de Geribá”, que se encontrava bem degradado. No lugar das amendoeiras a Prefeitura vai plantar espécies nativas como Pitangueiras, Ipê e até – muito bom – a Palmeira Geribá, que da nome à Praia. Os populares alegaram que as amendoeiras, alem de antigas, davam generosa sombra no verão. Este é um caso bem delicado que causa situações como essa em diversos lugares. As amendoeiras não são arvores nativas, vieram da Indonésia, mas se adaptaram muito bem ao Brasil. Essa adaptação fez com que elas fossem plantadas por inúmeras cidades de todo o pais, o que levou a fazerem parte da paisagem das cidades, por gerações.

O embate de ideias a respeito do viaduto e do corte das árvores tem suscitado muita controvérsia, e até situações conflituosas ente os defensores das duas teses antagônicas.

No programa de hoje o advogado e jornalista Alfredo Marques fez um forte desagravo contra declarações de seu xará, o vereador João Alfredo, líder do movimento contra o viaduto, o qual teria declarado pretensão de processá-lo por algum dos tipos de crimes contra a honra.

Alfredo Marques reiterou todas as  suas invectivas contra o vereador, desafiando-o a cumprir a ameaça de ação judicial.

Também se tratou do escandaloso atrito entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewadowski, do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento dos embargos de declaração interpostos pelo Bispo Rodrigues, um dos condenados no “processo do mensalão”, na tarde de ontem, 15 de agosto.

Lewandowski, que desde o princípio vem procurando minorar as penas dos figurões incriminados nesse processo, mesmo que às vezes sacrificando a arraia miúda, e que já vinha irritando a todos com longos e tautológicos votos escritos, deu efeitos infringentes aos referidos embargos, votando pela redução da pena a que Rodrigues foi condenado.


Barbosa reagiu violentamente contra o colega, insinuando que ele estivesse fazendo “chicana”, e que não respeitasse aquele pretório multissecular. Alfredo Marques o criticou, com muita razão, porque a mais alta corte exige que se cumpram as suas liturgias. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

INFORME

DEZ ANOS DE MÁGICA NO CEARÁ
*Fernando Dantas


Fortaleza, pela décima vez, sediará o Festival Nordeste de Mágicos, em agosto.

Entre os dias 23 e 24 de agosto, Fortaleza será a capital brasileira da mágica. O Núcleo de Amigos Mágicos do Ceará (NUAMAC) realizará o X Festival Nordeste de Mágicos (FENOMA) no Centro Cultural Dragão do Mar, reunindo cerca de 100 mágicos de diversas partes do país e do mundo.

O festival será composto de apresentações abertas, feira de artigos mágicos, de competições e de oficina para mágicos e interessados por esta arte, que atravessa gerações encantando os mais variados públicos.

Uma das grandes atrações será o mágico americano Jeff Mc Bride, reconhecido como principal transformador e mais comovente artista de mágica contemporânea, tendo recebido o prêmio Grand Prix Internacional de Magia por três vezes.

O FENOMA também contará com o espetáculo de  mágicos brasileiros como Karlos della Re, presença constante nos programas de TV no Brasil, e Gustavo Vierini, vencedor do último Festival Latino Americano de Mágica, ocorrido neste ano no Chile.

Os famosos mágicos brasileiros Henry Vargas, campeão mundial de mágica,  e Kellys confirmaram presença, além de Ryan Rodrigues,  diretor do FENOMA, nome de destaque na mágica nordestina, destacando-se no meio artístico e circense por mudar de forma criativa, ideias clássicas e ousadas sem perder a tradição. Além dos mágicos brasileiros, também estrão presentes no FENOMA 2013 os mágicos Zyro (Chile), Bronzinni (Argentina) e Roberto Luas (Argentina).

Quanto à feira de artigos mágicos que será instalada no festival, os organizadores garantem um bom espaço de compras. “Esse segmento artístico se destaca na economia criativa. Sua cadeia produtiva envolve diferentes agentes, produtos e serviços. É um mercado que consegue perpassar a cultura de massa às pequenas produções de circos mambembes”, analisa o atual presidente do NUAMAC, Marcos Queiroz.

Segundo o Diretor de Markenting do NUAMAC, o  FENOMA surgiu com o propósito de promover os mágicos nordestinos e inserir o Ceará no circuito internacional da mágica. Desde sua primeira edição, o evento promove novos ares para os palcos cearenses e proporciona o intercâmbio artístico entre mágicos locais, nacionais e estrangeiros.

“Graças a nossa iniciativa, somos o único festival de mágicas anual no Brasil, o que nos garantiu a filiação à Federação Latino Americana de Sociedades Mágicas, e à Federação Internacional de Sociedades Mágicas”, afirmou Dantas.

AMIGOS MÁGICOS

A mágica é um setor que depende do sigilo de suas técnicas. Para tanto, mágicos profissionais e amadores se reúnem em associações no mundo todo, promovendo eventos e difundindo o trabalho dos seus associados. Foi assim que surgiu o Núcleo de Amigos Mágicos do Ceará (NUAMAC). Com a criação deste núcleo em 2003, o grupo criou o FENOMA, além de participar de festivais de mágica na América Latina e no Brasil.

PROGRAMAÇÃO FENOMA 2013
22 de Agosto de 2013
Hotel Sonata
14:00 – Abertura do credenciamento
14:00 – início da Feira Mágica

23 de Agosto de 2013
Hotel Sonata
08:00 – Feira Mágica
09:00 – Conferência Karllos Della Re
11:00 – Conferência Kellys
12:00 – Almoço
14:00 – Conferência Jeff McBride (2 horas de conferencia)
Teatro Dragão do Mar
20:00 – 1º Show de Gala

24 de Agosto de 2013
Hotel Sonata
08:00 – Feira Mágica
14:00 – Conferência El Gran Bronzini
16:00 – Conferência Roberto Luas
 Dragão do Mar
08:00 – Competição
12:00 – Almoço
20:00 – 2º Show de Gala Premium
Mágicos: Jeff McBride

25 de Agosto de 2013
Hotel Sonata
08:00 – Feira Mágica
09:00 – Workshop Jeff McBride (4 horas de duração)
13:00 – Almoço
14:30 – Conferência Gustavo Vierini
16:00 – Conferência Rafael CubaMagic
17:30 – Leilão Mágico
 Teatro Dragão do Mar
16:00 – Espetáculo AbraCASAbra (Espetáculo com o mágico Rapha Santacruz)
20:00 – 3º Show de Gala
22:30 – Jantar de premiação da Competição e Confraternização

X  FENOMA
Dias: 23, 24 e 25 de agosto
Local: Centro Dragão do Mar
Apresentações: Inteira R$ 40,00 Meia R$ 20,00
Mais informações: Marcos Queiroz – Presidente – 8828.6868

*Fernando Dantas 
Diretor de Marketing do FENOMA
8898.3344/81037584