segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

NOTA ACADÊMICA


Edilmar Norões, Membro Emérito da ACLJ, registrou em sua coluna no Diário do Nordeste a homenagem póstuma feita pelo Presidente do Crea-Ce, Vitor Frota, no último dia 15, ao engenheiro José Cândido de Castro Parente Pessoa, que foi Diretor-Geral do DNOCS. Vitor Frota deu o nome do ilustre colega falecido ao prédio da Inspetoria Regional do Acaraú.

Cassio Borges
Edilmar ressaltou a saudação feita ao homenageado pelo insigne Cássio Borges, um dos mais brilhantes servidores do DNOCS, durante a solenidade de inauguração da nova sede. O engenheiro Cassio Borges é Membro Honorário da ACLJ, e genitor do jornalista Marcos André, titular da Cadeira de nº 40, patroneada por Blanchard Girão. 

PRÊMIO IDEAL CLUBE DE LITERATURA


O IV Prêmio Ideal Clube de Literatura, sob os auspícios da empresa M. Dias Branco, premiou os vencedores do certame no último dia 21 de fevereiro, em concorrido evento que teve lugar no Salão Nobre da sede da agremiação, na Praia de Iracema, em Fortaleza.

José Telles
Alcimor Rocha
O evento foi coroado de sucesso, em que se louvem 
empenho e eficiência do médico e poeta José Telles, Diretor de Cultura e Arte do Ideal, que para tanto contou com o apoio do seu Presidente, Alcimor Rocha Júnior.

Na categoria nacional do concurso, em que concorreram obras inéditas, foi premiado o jovem gaúcho Caio de Oliveira Yurgel, com o livro “Sobre Trocar o Piso e Não Saber o que Dizer”. O prêmio em dinheiro foi de trinta mil reais.

Eduardo Campos
A categoria estadual, que escrutinou contos inéditos, recebeu o nome de “Prêmio Eduardo Campos”, em homenagem ao grande jornalista, escritor e dramaturgo cearense falecido Manoel Eduardo Pinheiro Campos, o Manoelito Eduardo. Venceu nesse gênero Max Roger Franco Pompílio, com a história denominada “Marca de Toda Gente é Bondade”.

Dentre os destaques selecionados para compor a coletânea do concurso foi agraciado o conto denominado “Aconteceu em New Orleans”, do acadêmico da ACLJ Reginaldo Vasconcelos, de que extraímos os trechos abaixo.

“Franco, ao contrário, quanto mais bêbado ficava maior era sua sede de conhecer uma estrangeira, desbravar seus brios étnicos, desvendar a sua intimidade genital. Talvez os varões da espécie humana hajam tatuado no caráter o signo do estupro, sempre perpetrado pelo conquistador contra o povo conquistado, em milênios de expansionismo furioso.”
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“Lisa tinha nádegas de bom porte e de razoável virtude. Pareciam grandes pêssegos sobre as hastes das pernas delgadas, condizentes com o tipo longilíneo da moça, na firmeza dos seus prováveis vinte anos. A boca e os olhos de Franco eram como um trenó tirado a dois cavalos negros, percorrendo aquele corpo níveo de brancura e maciez.”
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“Falando pausado, o homem-armário, que mascava chicles, com uma das mãos na cintura sobre a bolsinha em que se continha um par de algemas, acrescentou que os brasileiros acabavam de confessar um delito grave. Em seguida, apanhando junto à cama, com a pinça dos dedos, um preservativo usado, disse ainda em inglês explícito: ‘E isso aqui é uma evidência’.”

sábado, 23 de fevereiro de 2013

NOTAS ACADÊMICAS


TÍTULO MERECIDO

Foi eleito para a dignidade de Membro Benemérito da ACLJ o economista e empresário Airton Queiroz, vice-presidente do Grupo Empresarial Edson Queiroz, presidente da Fundação do mesmo nome e chanceler da Universidade de Fortaleza – UNIFOR.

O mais elevado galardão acadêmico da ACLJ está reservado aos grandes mentores da cultura e da imprensa cearenses, notadamente aqueles que instituíram ou que mantêm fundações – que são entidades sem fins lucrativos, sobre um vultoso capital afetado a uma determinada finalidade social ou cultural.

O Chanceler Airton Queiroz já foi oficialmente informado de sua eleição para a referida investidura e já confirmou sua presença na próxima Assembleia Geral Aniversária da ACLJ, em 04 de maio próximo, oportunidade em que tomará posse, recebendo do seu Presidente o diploma e a pelerine ritual que caracterizam o título honorífico que a Academia lhe outorga.

A mãe do Chanceler, D. Yolanda Vidal Queiroz, já é detentora do mesmo título, enquanto seu saudoso genitor, o empresário Edson Queiroz, é o Patrono Perpétuo da Cadeira de nº 3 da ACLJ, cujo titular vitalício é o acadêmico Edilmar Norões. 

DMITRY SIDORENKO


Está em Fortaleza, cidade que ama e que visita anualmente, o linguista russo Dmitry Sidorenko, Membro Honorário da ACLJ, doutor em línguas românicas (latinas) pela Universidade Estatal de Leningrado, com ênfase em Língua Portuguesa, idioma cuja gramática domina como poucos brasileiros.


Dmitry é o interprete oficial da Embaixada Brasileira na Rússia, e foi recentemente indicado às autoridades russas pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, por proposta do senador cearense Inácio Arruda, para o cargo de Cônsul Honorário do Brasil em São Petersburgo, cidade em que reside.


Neste dia 22 de fevereiro, o nosso único confrade estrangeiro foi recebido para um jantar pelo acadêmico Arnaldo Santos, com a participação de outros membros da ACLJ, e na noite do dia 23 ele convidou a Diretoria do nosso silogeu para uma degustação da melhor vodka russa, acompanhando o mais famoso prato de seu país, um autêntico “stroganov”.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

2ª ASSEMBLEIA ANIVERSÁRIA - POSSE DE WILSON IBIAPINA

Wilson Ibiapina

No próximo dia 04 de maio a ACLJ promoverá a sua 2ª Assembleia Geral Aniversária, evento em que tomará posse como Acadêmico Efetivo o eminente jornalista Wilson Ibiapina, titular da Cadeira de nº 39, o qual receberá o respectivo diploma e a sua pelerine ritual. 



Fernando César Mesquita

Ibiapina é representante em Brasília do Sistema Verdes Mares de Comunicação, foi proposto para essa dignidade pelo confrade Fernando César Mesquita, e eleito por maioria de votos em Assembleia Geral do dia 20 de dezembro passado, sucedendo o Prof. Alves Fernandes. 


Assembleia Eleitoral de 20 de dezembro


Na oportunidade da posse, iniciando uma nova tradição, o novo acadêmico empossado descerrará o retrato do patrono perpétuo da sua Cadeira, no caso o saudoso radialista e publicitário Tarcísio Tavares, peça da qual, em querendo, ele terá a guarda vitalícia. Para a preservação da deuterose ora inaugurada o quadro de cada patrono deverá sempre ser obra pictórica assinada por artista plástico cearense.   


Tarcísio Tavares foi modestamente retratado em tinta acrílica sobre tela, em suporte padrão de 70cm x 1m, pelo acadêmico Reginaldo Vasconcelos, que é apreciador de arte e pintor diletante, além de membro correspondente da Academia Brasileira de Belas Artes, mas que, sendo artista intuitivo, não domina ou aplica técnicas mais rigorosas e apuradas.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CONVITE


O Museu da Imagem e do Som do Ceará convida todos para o lançamento do livro “A História Cantada no Brasil em 78 Rotações”, de autoria de seu presidente Miguel Ângelo Azevedo, o Nirez, membro emérito da ACLJ, titular da Cadeira de nº 26.

A noite de autógrafos será no auditório do MIS, na Av. Barão de Studart nº 410 – Meireles, em Fortaleza, no dia 28 de fevereiro de 2013, às 19 horas, com uma palestra do autor sobre o espírito da obra.  

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CINZAS


Findo o carnaval deste 2013, resta uma sensação de que novamente tudo está mudando no reino de Momo em Fortaleza.

A cidade já teve grandes festas à fantasia em seus muitos clubes sociais, os ditos “elegantes” e os mais populares, que se situavam nos subúrbios, frequentados por casais e por “blocos” com a mesma indumentária, tudo com muito confete, com muita serpentina, nas décadas de 50 e 60 com lança-perfume.   

Fortaleza teve ainda o inesquecível corso, inicialmente na Av. Duque de Caxias, depois na Av. D. Manuel, em que as famílias e outros grupos da sociedade desfilavam em carreata – as prostitutas, os halterofilistas, funcionários de empresas, em automóveis e sobre caminhões – todos fantasiados e eufóricos.

O corso evoluiu, nas suas últimas edições, para o chamado “mela-mela”, com o uso de água, talco e farinhas diversas lançadas entre os foliões, até que o poder público local o proibiu, interditando o tráfego na avenida, prevenindo que aquilo degenerasse em anarquia.

Depois se viveu longamente o êxodo dos fortalezenses para as praias, fazendas e sítios serranos, ficando a cidade praticamente vazia durante os carnavais. Surgiram então os pré-carnavais, nos fins de semana precedentes, mantendo-se o hábito de viajar em retiro entre o domingo e a terça, ou para brincar o carnaval nas cidades menores do Estado.  


Tudo indica que essa tendência está mudando, com uma maior permanência de moradores na cidade durante o tríduo momesco – seja pelo desconforto das viagens ou dos destinos já muito apinhados de gente, seja pela melhoria da qualidade do carnaval em Fortaleza.


Para os moradores da grande Aldeota o melhor carnaval é o que é promovido pelo acelejano Dilson Pinheiro, que comanda o bloco Nun Ispaia Sinão Ienche, no Largo da Mocinha, por trás do hotel Praia Centro, nos altos do Bairro Praia de Iracema. A frequência maciça de uma cidadania refinada – famílias inteiras, pessoas maduras, políticos locais, operadores do Direito, jornalistas destacados – parece desestimular e inibir a participação de baderneiros, embora o espaço seja público.


Tamanha é a civilidade que se observa naquele ambiente que quando o vento forte faz voar um chapéu de fantasia ou colar havaiano de alguém, carregando o adereço para um ponto distante da rua repleta de brincantes, o folião que o apanha o passa para alguém a contravento, e a multidão o vai repassando por sobre a turba, até que o objeto chegue à mão do proprietário original. Impressionante! 

CRÔNICA


POESIA BÉLICA DE PENEDO
Por Reginaldo Vasconcelos

Em maio do ano 2000, este cronista participou da 4ª Operação Saudade – pequeno estágio militar promovido pelo 23º Batalhão de Caçadores (23 BC) nas matas de Penedo, no município de Maranguape, reunindo oficiais da reserva e civis considerados amigos do quartel.


O cronista, entre sósias dos atores americanos
Ernest Borgnine e Dustin Hofman
que participaram da Operação Saudade
Retornando do estágio, o cronista trouxe no caminhão de transporte de tropas um velho tronco morto que encontrou, com que produziu uma escultura, denominada “Poesia Bélica de Penedo”, a qual foi entregue solenemente ao Comando do Batalhão, na pessoa do Coronel Walter Romero Castelo Branco, como um troféu outorgado pelo Jornal Idéia – tabloide de que era editor – pela eficiência com que o curso campal foi ministrado.



Dias depois, o artista recebeu uma ligação telefônica do Oficial de Relações Públicas do quartel, Tenente Sílvio de Paiva Ribeiro, o qual transmitiu indagação que lhe faziam todos quantos deparavam com aquela obra de arte: “O que o autor quisera dizer ao observador quando compôs a estranha peça artística?”.

A resposta veio de empréstimo a uma frase proferida certa vez pelo poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, quando lhe perguntaram a mesma coisa – o que ele quisera dizer com um hermético poema que fizera: “Eu não quis dizer. Eu quis fazer”.  De fato, feita a obra de arte, pode-se então analisar o que ela nos diz a cada um.

Quem tem a experiência estética de defrontar uma obra abstrata – uma pintura, uma escultura, uma instalação – deve procurar em si mesmo que mensagem intelectual ela lhe sugere, que sensações lhe provoca, que emoções ela lhe inspira. Essa é a grande mágica sensorial que ela propõe.



Poesia Bélica de Penedo é composta por uma pequena secção vegetal oca, morta e esquelética, de conformação zoomórfica, lembrando um animal quadrúpede ou um homem rastejante, colorizada de ouro internamente e de bronze na superfície exterior.

A figura é instalada numa base de madeira, e sobre uma configuração do mapa do Brasil, feita por colagem mosaica de pedriscos, em parte prateados, em parte dourados. 

O quarto elemento da composição é um fio de arame farpado que envolve o tronco em espiral, encapado de verde e amarelo (uma amostragem promocional produzida pela fábrica em referência aos 500 anos que o Brasil comemorava).

Passados 13 anos, o autor resgatou a obra para pequenas intervenções conservadoras,  devolvendo-a em seguida. Ela se manterá exposta na sala dos Amigos do 23 BC, nas dependências do quartel. 

Os elementos da composição têm clara conotação semiológica alusiva à pátria telúrica e ao rigor dos exercícios militares, mantendo a força estética, com forte sugestão cinética, pois faz supor vida e movimento, adquirindo abrangência cósmica e erótica, em suas dobras de aspecto lúbrico e galáctico ao mesmo tempo. Senão vejamos, nos ângulos obtidos neste ensaio fotográfico:








terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CRÔNICA


Instante Urbano



Galinhas ciscam no terreiro...
Um avião sobrevoa a cidade a uma altura inimaginável,
Tornando mudo o som de suas turbinas.
No relógio, as horas passam mais rápido que os minutos.
Uma sirene! Será ambulância, bombeiro ou polícia?
A notícia na televisão dá conta de mais uma roubalheira nos gabinetes oficiais.
No rádio, muita pregação e pouca ação.
Espero uma ligação que não vem. Alta ansiedade.
Um grupo conversa animadamente numa esquina da vida. Gargalhadas.
Outro avião. Este passou rasgando estridentemente os ruídos da cidade.
Recebo uma ligação, mas não é a esperada.
A vida escorre, angustiada, por entre os ponteiros do relógio.
Uma folha seca cai no asfalto estéril. Ninguém percebe a morte que ali está.
Dez minutos demoram mais que duas horas.
A ligação não vem...
E as galinhas continuam ciscando no terreiro.

Pedro Altino Farias, em 16/12/11
altino@pelosbaresdavida.com.br

domingo, 10 de fevereiro de 2013

NOTA BENE


JORNALISTA RONALD MACHADO ANIVERSARIA E RECEBE EVALDO GOUVEIA EM SEU PROGRAMA


O jornalista Ronald Machado, comandante do Programa Dimensão Total, que vai ao ar todo domingo, de 10:00 às 12:00h pela Rádio Assunção, na manhã de hoje, 10 de fevereiro, com ajuda do produtor Alexandre Maia, realizou uma edição especial, em comemoração ao seu aniversário.


Esse programa do Ronald promove uma mesa redonda semanal com figuras de destaque da intelectualidade cearense, contando desta vez com o psiquiatra Antônio Mourão, o Secretário de Segurança do Eusébio Lauro Leite, o Procurador do Estado Amaury Gomes Filho, o jornalista acelejano Reginaldo Vasconcelos, e o advogado Tarcísio Leitão, que é cadeira cativa no horário.


Como atração especial o programa aniversário de Ronald Machado convidou e recebeu o grande cantor e compositor cearense Evaldo Gouveia, titular da Cadeira de nº 09 da ACLJ, que se fez acompanhar de sua mulher e assessora, que lhe é inseparável, a advogada Liduina Lessa.

Por mais de duas horas (esta edição especial do programa estourou o horário) Evaldo brindou os presentes no estúdio e os ouvintes do programa com a narrativa espetacular de fatos interessantes de sua longa vida artística e com várias de suas músicas de sucesso, algumas delas de carnaval, dentre as mais de mil canções românticas que ele compôs e fez gravar.


Sem sombra de dúvida, Ronald produziu um programa memorável, pois Evaldo Gouveia é uma lenda viva na história recente da cultura Brasileira, figurando entre os maiores talentos musicais do País, em todos os tempos.


Após o programa, Ronald recebeu os seus convidados para um almoço no restaurante João do Bacalhau, na Varjota, onde Dalton Rosado, ex-Secretário de Finanças de Fortaleza, veio cumprimentar Evaldo, e cantarolou para o grupo alguns sambas que ele mesmo compôs. 


Compunham a mesa o locutor esportivo da Rádio Assunção J.  Lacerda, o radialista e produtor Alexandre Maia, o jornalista Reginaldo Vasconcelos, além do aniversariante e do casal Evaldo Gouveia e Liduina Lessa. 



    

NOTA ACADÊMICA


Está em Fortaleza, somente para o feriado carnavalesco, o poeta e diplomata Márcio Catunda, membro correspondente da ACLJ em Madri, na Espanha, onde reside e trabalha na Embaixada Brasileira.

Na sexta-feira gorda Márcio reuniu-se informalmente com um grupo de confrades, oportunidade em que recebeu seu diploma de acadêmico e vestiu, literalmente, a camisa da entidade.


Márcio, um intelectual de escol, com mais de trinta livros publicados, autografou aos convivas exemplares de sua última obra poética, “Escombros e Reconstruções”, publicada em Brasília no final do ano passado, bem como o CD “Emoção Atlântica”, com 25 músicas compostas por ele, em parceria com diversos musicistas, inclusive o acadêmico Aluísio Gurgel.

Aluísio, Rui Martinho, Márcio Catunda, Jarbas Jr., Reginaldo, Paulo e Altino
Presentes ao encontro com Márcio Catunda o presidente da ACLJ, Martinho Rodrigues, o Sábio; Altino Farias, o Bacco; Aluísio Gurgel, o Gênio; Paulo Ximenes, o Bardo; e Reginaldo Vasconcelos, o Bruxo  aqui identificados também pelos seus agnomes acadêmicos. Também compareceu como convidado especial o poeta cearense radicado em Brasília, Jarbas Júnior.