quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MÚSICA JOVEM CEARENSE


A jovem Marina, filha da acadêmica Inês Mapurunga, ocupante da Cadeira de nº 35 da ACLJ, herda de sua mãe o grande talento literário e musical.


É musicista, compositora e fundadora de um grupo musical denominado Desidéria, que lembra o estilo operístico do tecladista inglês Rick Wakeman, criador do chamado Rock Sinfônico.

A bela Marina Mapurunga, entre outras coisas, estuda latim, o que nos remete ao sábio brocardo que melhor se aplica na nossa língua-mãe: arbor ex fructu cognoscitur (pelo fruto se conhece a árvore).

Abaixo um exemplo de sua obra, a música Sagrada Luz Divina, com que ela participa de concurso promovido pela Rádio Universitária.




SAGRADA LUZ DIVINA

Marina Mapurunga entrou no mundo musical com o violino em 1998, passando depois a estudar técnicas vocais e ingressar no universo da composição. Participou, nos anos de 2002 e 2003, do Festival Eleazar de Carvalho, onde teve aulas com Mariana Mihai, Marcelo Okay e com o maestro Emílio César de Carvalho. Em 2003, fundou o grupo musical Desidéria com o violonista e compositor Dalvi Vidal Bernardino. 

AUTOR: DALVI VIDAL BERNARDINO
INTÉRPRETE: GRUPO MUSICAL DESIDÉRIA
PROPONENTE: MARINA MAPURUNGA
Sagrada luz divina - Marina Mapurunga by radiouniversitariafm 

domingo, 25 de setembro de 2011

PROGRAMA VISÃO POLÍTICA


O programa Visão Política, do jornalista e sociólogo Arnaldo Santos, ocupante da cadeira nº 13 da ACLJ, que vai ao ar pela FGF TV Canal Universitário 14 da NET, terá produção e apresentação do também jornalista e acadêmico Reginaldo Vasconcelos, pelos próximos meses. Arnaldo estará ausente para mais um curso no exterior, no caso um pós-doutorado em ciência política, em Nova York.



sábado, 24 de setembro de 2011

5º TWEETFOR

A quinta edição do Tweetfor ocorrerá na tarde do próximo dia 1º de outubro, um sábado, no Hotel Marina Park, em Fortaleza, evento que tradicionalmente reúne centenas de tuiteiros.

Para ter acesso a essa grande confraternização basta adquirir uma camisa, por 30 reais, com direito a feijoada, regada a chope, de consumo ilimitado, e a diversos shows musicais.

A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo terá um lounge próprio, onde os imortais poderão se encontrar e ser encontrados.

Os organizadores da festa são os comunicadores Alfredo Marques e Freiras Júnior, ambos integrantes da ACLJ.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

RESENHA

 CORDEL ENCANTADO

Chega aos seus capítulos finais o mais bem elaborado folhetim da teledramaturgia brasileira, Cordel Encantado, que ocupa o horário das seis na grade de programação da Rede Globo, e que fugiu à mesmice dos dramalhões açucarados que costumam freqüentar o horário, quase sempre variações sobre o mesmo tema, as paixões e as intrigas contemporâneas da classe média carioca, ou as recorrentes futricas comezinhas da vida social e política da província.  

Curiosamente, não é em si a trama da novela Cordel Encantado que faz dela uma verdadeira obra prima. A história é deliberadamente banal, o roteiro é propositadamente simplório, e nisso já reside o inspiradíssimo enfoque artístico que esse trabalho recebeu.

Se a novela se inspira na literatura de cordel, a profundidade psicológica e a complexidade filosófica da narrativa não seriam o foco principal, pois a estética da arte naïfe se concentra mesmo no onírico imaginário popular.

O novelista tentou uma alquimia perigosa e por sorte chegou a um resultado mágico, combinando a elegância épica que se relaciona à monarquia, a riqueza étnica do ambiente nordestino, o clima romântico que envolve a vida no cangaço, finíssimas pitadas de humor, um pouco de religião e misticismo, tudo imerso na delicadeza da belle époque – sem descurar da fórmula básica de todo folhetim.

Obrigatoriamente, os folhetins têm que versar sobre ricos cruéis que empobrecem, ou se redimem, e pobres virtuosos que evoluem, ou enriquecem, e precisa ter um par romântico, pelo menos, que depois de muita dificuldade conquista a paz e a união definitiva, via de regra em um pomposo casamento, naquilo que no jargão do cinema se convencionou chamar “final feliz”.

Em Cordel Encantado tudo isso está presente, e tudo isso involucrado em temas musicais bem selecionados, que vão de Gilberto Gil a Djavan, passando por Alceu Valença, em belíssimo figurino, em primoroso trabalho de fotografia artística, e no mais perfeito sotaque sertanejo já obtido por um elenco da TV e do cinema brasileiros, por mérito dos especialistas em prosódia da emissora platinada.

Tamanhos foram os cuidados líricos e a bravura artística dos autores da novela que eles tiveram a ousadia de concentrar referenciais importantes, em primorosas adaptações estéticas, como, por exemplo, a adoção de vistosos gibões de vaqueiros na indumentária dos cangaceiros, com magnífico resultado. Se isso fosse feito por ignorância antropológica seria inaceitável, todavia tudo foi deliberadamente programado, em busca do melhor efeito, dentro de um clima de fetiche.

Mais ou menos de trinta em trinta anos a linha de produção da teledramaturgia brasileira marca um tento como esse - lá atrás Irmãos Coragem, mais na frente O Bem Amado, depois Roque Santeiro, em seguida Pantanal, a única que não teve o logotipo global, mas o símbolo da Manchete.


Reginaldo Vasconcelos

sábado, 17 de setembro de 2011

NOVO LIVRO SOBRE A ACI

Lançado no terraço da ACI, na cobertura do Edifício Perboyre e Silva, no centro da cidade, o livro Associação Cearense de imprensa – 85 Anos na Pauta do Ceará, da jornalista Ângela Barros Leal.



A concorrida noite de autógrafos, a que compareceu um grande número de intelectuais, artistas e pessoas da mídia local, foi na noite do dia 15 de setembro, com apresentação do jornalista Ítalo Gurgel.

Esse livro e o terceiro trabalho de resgate e registro histórico sobre a veneranda entidade de classe cearense, completando a trilogia que se iniciou com o trabalho de Geraldo Nobre, em 1976, e foi continuada com a pesquisa dos jornalistas Stênio Azevedo e Adísia Sá.

O ponto alto do livro é a narrativa da longa saga do jornalista Gilberto Câmara, presidente da ACI entre 1926 e 1929, para levantar fundos e erigir a estátua de José de Alencar, na praça do mesmo nome, no centro de Fortaleza, inaugurada em 1º de maio de 1929.

A estátua foi esculpida em São Paulo pelo artista plástico Humberto Cozzo, que cobrou 130 mil reis pelo trabalho. “O que parecia impossível fora alcançado em apenas 15 meses, o tempo decorrido desde a primeira e tímida apresentação da idéia até da data festiva de maio”, diz a autora.  


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FORTALEZA - CAPITAL MÁGICA DO BRASIL

Dos dias 16 a 18 deste mês de setembro transcorre em Fortaleza, no Teatro do Shopping Via Sul, o VIII FENOMA – Festival Nordeste Mágico, evento que reunirá ilusionistas amadores e profissionais do Brasil e do exterior.

O encontro é organizado pelo Núcleo de Amigos Mágicos do Ceará – NUAMAC, ente filiado à Federação Latino Americana de Artes Mágicas e presidido pelo jornalista e advogado Fernando Dantas, acadêmico da ACLJ, que tem a prestidigitação entre seus hobbys, adotando o nome artístico de Danntys, pois a tradição da atividade requer que cada praticante crie e assuma um personagem.

Do Brasil participarão os mágicos Ryan Rodrigues (PE), Joe Márbel (RS), Willians (SP), Klauss (MG), Bill Morélix (MG), e Kellys (MG), que se apresentarão para o público cearense e ministrarão oficinas aos demais mágicos inscritos no Festival.

O FENOMA 2011 também contará com artistas internacionais, que já confirmaram presença para os shows e conferências. O público poderá acompanhar apresentações dos mágicos Argentinos Henry Evans, Diego Raskin e Héctor Carrión, do japonês Shoot Ogawa e do chileno Zyro.


Fernando Dantas entre Rui Martinho Rodrigues e
Reginaldo Vasconcelos
PROGRAMA FENOMA 2011

DIA HORA EVENTO

16    14:00   Credenciamento/Feira Mágica
        21:00   1º Show de Gala

17    08:00   Feira Mágica
       09:00   1ª Conferência (Hector Carrion)
       10:30   2ª Conferência (Henry Evans)
       12:00   Almoço
       13:30   3ª Conferência (Ryan)
       18:00   2º Show de Gala
       21:00   3º Show de Gala

18   08:00   Feira Mágica
       09:00   4ª Conferência (Bill Morelix)
       10:30   5ª Conferência (Shoot Ogawa)
       12:00   Almoço
       13:30   6ª Conferência (Williams)
       15:00   7ª Conferencia (Ziro)
       16:30   Leilao
       20:00   4º Show de Gala
       22:00   Coquetel de Encerramento

LOCAIS:
Teatro ViaSul: Shows de Gala e Coquetel
Casa de Cultura Juvenal Galeno: Credenciamento-Feira Mágica-Conferências e Competição Close Up 

POESIA

É pena  

É pena eu ter que dormir,
Quando as sombras da noite
Encontram-se e falam entre si.
Quando as árvores escuras
Estão alegres e dançam com o vento.
Quando um cão late e outro responde...
É pena eu ter que dormir,
Quando um carro dentro de noite
Produz uma onda sonora.
Quando uma coruja branca faz um apelo
Que sinto ser a humanidade inteira.
É pena eu ter que dormir,
Quando sinto a alma tão leve,
Quando na noite tudo é vida...

Concita Farias

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CRÔNICA

O QUE FAZER COM A POESIA

Reginaldo Vasconcelos


A poesia não é de quem faz; a poesia é de quem precisa dela” – diz o carteiro ao poeta, no premiado filme que dramatiza episódio italiano da vida de Pablo Neruda. Vou ao lançamento do duovigésimo livro de poemas do nosso vate maior, Luciano Maia – Claroscuro. 
O POETA LUCIANO E A MUSA ANA
Saboreio a obra, e novamente me deparo com o esfíngico enigma sobre as razões ontológicas da poesia: de novo, perscruto comigo mesmo todos os porquês que envolvem o verso, quanto a sua utilidade.
Concluo inicialmente que a poesia é antes de tudo uma imperiosa necessidade do poeta, cujo estro se impõe como épica missão lírica, que o compele a indômita catarse filosófica. O poeta penetra de repente no onírico ambiente dos sentimentos refinados e precisa traduzir a experiência em especial linguagem sinestésica, que logra perfumar as cores, edulcorar as dores, colorir as sensações.
Perguntado certa vez o que quisera dizer o poeta João Cabral de Melo Neto ao fazer determinada peça poética, de aguda expressão conotativa, ele respondeu serenamente, após alguns segundos de reflexão, que não quisera “dizer”, mas apenas “fazer” aquele poema. Ou seja, na melhor exegese, o exercício da verve criativa, prosaica ou poética, é absolutamente compulsivo, arbitrário, intuitivo, sem qualquer elaboração racional – foi o que timbrou em sua resposta o velho bardo.
Uma vez graficamente registrada, aquela subjetiva aventura estética do poeta é apenas constatada pelo leitor eventual, para depois permanecer em “estado de dicionário” nas estantes e nos arquivos virtuais, até que precise dela algum usuário apaixonado, como aquele ingênuo carteiro do cinema, que assume o poema de Neruda para impressionar a namorada.
Até aqui não se tem ainda um uso próprio, ou uma aplicação ampla e útil para algo tão precioso como o verso – a exemplo de uma jóia de raro lavor em marfim de mamute, em lápis-lazúli egípcio antigo, em dinástico jade chinês, que a pessoa detém no cofre para lobrigar em solitude, sem a poder compartilhar com a humanidade. Então, persiste a dúvida sobre o que fazer para melhor utilizar esse tesouro – se não se o pode transformar em boa música, como fez o compositor Fagner com peças poéticas de renomadas poetisas.
Sim, livros de poesias não são objetos de consumo vulgar, de modo que eles não são encontradiços nas mesas de cabeceira nem nas estantes dos banheiros. Quem queira se precatar dos tédios de viagem, ou preencher o ócio de uma estância de repouso, por exemplo, muita vez se mune de um bom romance, ou de uma coletânea do contos, ou de uma antologia de crônicas, dificilmente de um livro de poemas.
Mas então – eureca! – já sei agora de que forma pode me servir a poesia, e a mim e a quantos, uma vez entregue seja ela ao mundo pela fina inspiração dos menestréis. Assim como o vinho caro, que não se presta a ser preciosamente mantido para sempre em adega fria, pois melhor se destina a ser ritualmente consumido com os amigos em ocasiões especiais, assim também o poema não é feito para o silêncio das estantes. O poema eleito deve ser memorizado e trazido de cor pelo seu melhor consumidor, para de inopino ser recitado no jantar a luz de velas, na roda social, no momento solene das festas, no fecho dos discursos, conforme a cada evento cada versejo se adequar. Minha indagação se resolveu.